Variáveis Subjetivas e Sistemas de Aprendizado (CAS)

Variáveis Subjetivas e Sistemas de Aprendizado (CAS)

As respostas contém consigo, de forma inerente, traços gerais de auto percepção como uma condição momentânea e emergente da relação mútua do organismo com seu ambiente.
DELIGNIERES et.al. 2004

“Há uma necessidade evidente de avaliar as vantagens e os custos das informações objetivas habilitadas pela tecnologia em relação às informações subjetivas geradas pelo atleta para integrar continuamente informações multiníveis e multimodais.” (MONTULL et. al. 2022)


Para o controle de carga de treinamento, esse debate é normalmente conduzido pelo objetivo de se aproximar da essência do comportamento da interação entre organismo e ambiente e suas respostas aos estímulos de treino e competição. Os dois grupos (variáveis objetivas; variáveis subjetivas) possuem diferenças fundamentais que exigem dos pesquisadores uma leitura mais profunda sobre a natureza das informações coletadas.
“Os sistemas neurobiológicos são vistos como dominados por componentes que estabelecem relações de causa e efeito inerentemente lineares e determinísticas. Tais sistemas determinísticos, quando perturbados, respondem a estímulos impostos com respostas adaptativas proporcionais e previsíveis como um produto externo predefinido de seus componentes. No entanto, em todas as ciências biológicas e neurológicas, essa interpretação biomédica convencional foi derrubada pela esmagadora evidência que ilustra que a neurobiologia humana é mais apropriadamente conceituada como um CAS: um sistema não linear e dinâmico composto de múltiplos subsistemas complexos incorporados que compartilham informações co-moduladoras[…]”
“[…]Enquanto os comportamentos das máquinas emergem como um produto dos comportamentos de seus componentes individuais, em um sistema de aprendizado CAS, caracterizado por uma dinâmica dominante de interação, o comportamento emerge como um produto da integração não linear de influências pessoais e ambientais que atuam em vários níveis e escalas de tempo.” (MONTULL et. al. 2022)
Sob essa perspectiva, a possibilidade de criticar o uso deliberado de métodos fragmentados, ou mesmo a soma de diversos desses métodos, que não parecem fornecer validade preditiva significativa, torna-se necessário. (CHING T, et. al. 2018; HU JX, THOMAS CE, BRUNAK S. 2016)


No universo do treinamento desportivo, a auto percepção possui nas estratégias de controle de carga, presença e importância significativas. Materializadas com o uso de ferramentas subjetivas que contém informações sobre o modo com que o indivíduo se percebe afetado pelo ambiente. O uso prático de tais ferramentas esclarece as questões que rodeiam o seu retorno holístico do estado atual. Quer dizer, geralmente direcionadas e especificadas, as respostas contém consigo, de forma inerente, traços gerais de auto percepção como uma condição momentânea e emergente da relação mútua do organismo com seu ambiente. (DELIGNIERES et.al. 2004)


As sequências comportamentais geradas pela auto percepção estão ligadas e possuem dependência temporal. Ou seja, as interações podem ser captadas não apenas espacialmente, (Interação entre organismo e ambiente) mas também temporalmente (Investigação de séries temporais não estacionárias).
Com a modulação orgânica de um CAS ao longo do tempo, é possível identificar padrões comportamentais individuais e ocasionais que podem oferecer um verdadeiro potencial preditivo.

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Variáveis Subjetivas e Sistemas de aprendizado.

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